segunda-feira, 11 de maio de 2015

Mãe se nasce, mãe se cria: mãe É mãe... Eu, você, a minha, a sua...

O segundo domingo de maio é das mães. Dia de quem gerou, em seu ventre ou fora dele, uma vida que viria fazer parte do mundo aqui fora. Dia da mãe que de alguma forma foi gerada: seja no corpo, seja na alma.

Há alguns anos, quando meu primogênito entrou na escola, eu vivi na pele a comemoração do dia das mães pela primeira vez. Mas até que foi diferente pois, tendo em vista que iniciara em agosto o seu ano letivo, só no ano seguinte que tive minha homenagem. No entanto, já carregava em meus braços, a minha filha. E até, voltando bem no tempo, lembro de que a comemoração foi um piquenique de brincadeiras que a escola promoveu, para mamães e filhotes. Na ocasião, amamentei a pequena e fui com ele prestigiar/participar do evento. Deixei ela com a avó em casa, dediquei cerca de duas horas de exclusividade a/com ele. 

Nos anos seguintes, ele em nova escola, não fazia comemoração de datas comerciais. Isso eu realmente estranhei, mas passei a achar a melhor das festinhas: nenhuma! Se a gente parar para pensar, basta lembrar do constrangimento que acontecia em nossos tempos de escola: sempre uma criança filha de pais separados/viúvo(a)/criado por avós, dentre outros, estava presente. E este tipo de festa gera uma mágoa/frustração muito profunda e desnecessária. Acabou que sinceramente para mim, não faz falta aquele tipo de apresentação na qual, em muitas vezes, a criança não se sente à vontade e trava: o que faz a plateia achar sempre muito engraçadinho... Eu não, entendo que nem pra todo mundo apresentar-se ao público é prazeroso e espontâneo.

Eu ganho presente que filho faz, que filha escolhe e que marido compra em nome de filha e filho. Quem não gosta?  Mas no fundo do meu coração, atribuo ao dia das mães todos os dias desde o dia em que elas abriram em seus corações e vidas a porta de entrada para esta nova identidade. Mais do que filhas, nossa missão agora veio aprimorada.
E falo isso das mulheres, e até alguns homens, que assumem o papel do cuidado de outros seres em suas vidas.

Selecionei algumas passagens de livros da literatura infantil aos quais tive acesso e me apaixonei, para traduzirem ainda que sutilmente, o que é ser Mãe, fazer a maternagem acontecer...


Em "Se as coisas fossem mães", meu destaque é para os trechos:
    - "Dona Mamãe ralha e beija, erra, acerta, arruma a mesa, cozinha, escreve, trabalha fora, ri, esquece, lembra e chora, traz remédio e sobremesa...

     - "Tem até pai que é "tipo mãe"... esse, então, é uma beleza!"

Nosso dia-a-dia se transforma, vivemos nos equilibrando para dar conta de tudo e bem ao tempo todo... Então, passo a palavra para Fernanda Lopes de Almeida:



Nossa vida é sempre repleta de desafios, desde a chegada de uma vida em nossas vidas...E não há momento em que a gente não se faça esta pergunta:



E depois vamos criando familiaridade, afeição e apego por tanta novidade e por nós mesmas, que brindamos nosso cotidiano com pequenas vitórias mesmo diante dos imensos obstáculos que surgem ao longo da jornada...

Travamos batalhas diárias com o relógio, com o calendário... Mas no fim das contas, sempre damos nosso jeito materno de trazer o tempo como um aliado e não como oponente de nossas prioridades...



Quando nasce a mãe, nasce a generosidade. Nasce em nós um ser que não saberá mais o que é ser sozinho, não pensar em seus filhotes, naqueles e naquelas que dependem da gente. E mesmo independentes para muitas coisas, crescidos e já em outras esferas de suas vidas, lá estamos nós: sempre com aquele instinto de proteção...






E de tanto amor, a gente se pudesse, acho que estaria com eles em nossos bolsos pra sempre...



E assim, independente dos caminhos, das crenças, de qualquer outra definição que possa existir, a que fica é a que representa nosso sentimento para estes que vêm a ser nossos filhos e filhas...




E fechando o assunto sobre dia de mães, a gente percebe que da excelência do exercício de filha, a gente transcende pro lado daquelas que inúmeras vezes contribuímos para ver aumentados os seus fios de cabelos brancos, suas horas insones, seus incessantes pensarem em nós ou mesmo, apenas nos darem o acesso à vida.


Junto com Guto Lins, acrescento que filho também é para sempre e na condição de futuro, grau de relacionamento que não existe é o de EX-mãe... Porque a mãe de verdade, será sempre a mãe, aquela que é a da gente, que nos ensina a ser mãe e a que vamos querer ensinar às nossas filhas a ser...

Feliz Dia, Mães!

    


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