quinta-feira, 18 de março de 2021

Ai que saudade!

 Gente! Há quanto tempo?

Tantas vezes ensaiei voltar e fui derrubada pelas circunstâncias, preguiça e sei lá mais o que...

Da última postagem que fiz, pra cá, aconteceu tanta coisa... Até pandemia veio para fazer parte da história da gente e literalmente de todo mundo.

Não imaginava que o cenário do cotidiano seria este repleto de vírus, lutas, mortes e dores. Não que estes elementos já não fizessem parte das nossas vidas, mas a forma como estão se incorporando na gente, é sim, cruel e assustadora.

Cada dia é um desfio novo. É nossa luta diária, isso de tocar a vida com o que temos de melhor: esperança que não nos falte!

Mais precisamente, há um ano a gente pensava que em questão de duas semanas se teria a vida sem isolamento, sem restrições, livre como quase sempre. Não rolou!

Pelo jeito, tão cedo não vai rolar... Tem horas que o coração aperta, os números assombram, a incerteza toma conta de cada célula da gente e deparamos de novo com um caminho onde não se enxerga a bandeira de chegada - simplesmente vamos indo sem imaginar nem pra onde.

Com tudo isso, recebemos notícias de gente querida que se vai e das quais nem pudemos nos despedir. Quantas vezes tivemos oportunidades de estar com pessoas queridas e não demos importância? Prioridades, ah suas descaradas... Como vocês ousam apelar para o protagonismo sem antes consultar o coração da gente?

As lições ficam. Mesmo que doloridas, ficam lembranças que nos ajudam a reorganizar a prioridade das prioridades. Parece que a gente briga todos os dias com o irremediável, mas um dia a gente atinge o resultado esperado (ou não!).

 Ainda bem que nos resta a possibilidade de sonhar e sonho não tem limite! Mesmo que tenha que seguir aquela frase de caminhão ("Se acabarem seus sonhos em uma padaria, busque em outra!), tentemos! Tudo bem, não precisa ser em uma padaria, concordo com vocês, mas tem que se sonhar de novo!

Enquanto se renova a nossa capacidade de nos reinventarmos, nos reconstruirmos e nos amarmos a gente se torna aberto para reciclar, criar, transformar nossas possibilidades.

 Neste momento, imagino que o que mais a gente ainda esteja precisando, é esperança. Seja ela vinda do sorriso de uma criança, seja de um vídeo que a gente viu na internet e acendeu nossa alegria. Mas a gente precisa sonhar! A gente precisa acreditar!

Hoje passei no bloguinho aqui pra dar um oi pra vocês que ainda seguem a Mamytri, apesar de tanto tempo ela nem dar as caras por aqui... Quem sabe, consigo voltar e a gente conversa mais. Conto como estão as coisas por aqui, falo de planos e a gente faz uma aglomeração virtual...Topam?

Deixo um abraço muito afetuoso para quem me leu e também um beijão gigantãotãotão no coração de cada um e cada uma de vocês!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Passeio pelo blog...I´m back!

Credoooo!!! Fui ver agora, que já tinha um tempão que eu não postava nada...
Nesta vibe de Insta, Face e Whats, a gente acaba se desligando um pouco deste espaço aqui, que representa sim, o nosso cantinho mais nosso mesmo...
Eu amo escrever, amo blog. Amo tudo que conheci e aprendi com meu bloguinho.
A vida vai seguindo, para atualizar vocês, talvez eu leve algum tempo... Mas podem ter certeza, venho com assunto...
Tantas novidades, talvez eu tivesse até que particionar em capítulos...
Gente que veio, que se foi, que conheci e que simplesmente existe, mas melhor existir longe de mim - ah, e bem feliz, porque não desejo para ninguém, o que não quero para mim ou para as pessoas que quero bem...
Prometo (e vou cumprir, tá!) que virei mais vezes, com mais palavras e muito carinho por vocês que me lêem!
Agora foi só uma passadinha, mas deixo aqui uma imensa beijoca e muita saudade de compartilhar cotidiano, posts e doideirinhas com vocês!
Mamytri está de volta!!!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Fundamental, é mesmo amor...

É hoje...
O tempo, ô cara que vem galopando sempre na velocidade da luz e de repente faz a gente abrir os olhos e perceber que o presente, rapidinho vira passado e o futuro passa a nos acompanhar forte e intensamente a cada dia...
Ainda estes dias, a pequena chegava na escola chorosa. Pedia colo e não queria que eu fosse embora. Eu voltava para casa como coração ao mesmo tempo que despedaçado, sereno porque acreditava que ali na escola, ela seria feliz com uma parte de vida que eu seria insuficiente para supri-la...
Ainda lembro que houve o episódio da mochila da cebola... Não, não era pelo cheiro ou aparência não! Era porque quando fomos comprar, ela queria outra e então chorava quando olhava para a que trouxemos (sorte que depois passou o efeito cebola!). Na ocasião, optamos por trazer uma mochila que coubessem todos os seus materiais, inclusive uma pasta tamanho ofício. A mochila que ela havia gostado era menor, mas podem ter certeza de que esta possibilidade de uso sequer havia sido cogitada...
Cada dia na escola era uma novidade linda... Aprendizados, crescimento, descobertas, desafios... Fui aprendendo com ela também. Se chorava ou viesse magoada, relatava suas frustrações e, juntas, pensávamos como lidar com o ocorrido para não sofrer se houvesse outra vez...
Manu foi para o primeiro ano com cinco anos. Lia e escrevia, desenhava que era uma artista, fatores estes que sempre apoiaram o desenvolvimento dela também...
Minha pequena seguiu nos anos seguintes aprimorando cada vez mais a escrita e ampliando o universo de leitora... Hoje em dia, obtém notas excelentes em suas redações e produções textuais. Desenha que é uma artista, ainda!
Hoje tem festa! Manu está indo para o sexto ano. Uma nova etapa escolar inicia...Ensino Fundamental II... E a então famosa adolescência...
Meu coração está vibrando! Minha bebê cresceu...Está na fase de ir se transformando em uma linda mocinha... Já não tenho mais minha bebeinha careca e bravinha, mas tenho uma menina exigente, cheia de personalidade e que segue me fazendo idolatrá-la cada dia, todos os dias.
Filha linda, sou orgulhosa por toda a tua caminhada e por estares trilhando uma bela estrada escolar. Sou feliz em ver tua doçura, inteligência, criatividade e alma sensível da artista que és, todos os dias em nossa convivência mãe-filha. 
Quero que esta passagem de ciclo seja esplendorosa, rica, desafiadora, encantadora!
Te desejo a sequencia de aprendizados, acontecendo de forma que possas tirar dela, o melhor da essência e proveito!
Amada da mamãe: bora pro Fundamental II! Saibas que estou junto, vivendo mais uma vez contigo, o sabor das descobertas, das novidades e de todos os sonhos que a gente vai construir junta ou que tu quiser me chamar para dividir!
Minha encantadora de Unicórnios, Rainha cupcake, Princesa do Glitter e Menina dona do meu coração: Amo tu e quero teu sucesso e felicidade hoje e sempre, em cada minuto prévio do futuro que daqui a pouquinho vem aqui na cara da gente dar aquele: oiiii gentiiiii!
Feliz 6 ano, minha linda!!!!!


sábado, 9 de julho de 2016

Sobre o dia em que a princesa saiu do castelo e foi ver reino sem a família


 Há tempos minha filha planeja viajar com a turma de escola e dormir fora de casa. Viver esta experiência, era realmente um sonho que ela acalentava com muito coração. Eu tentava convencê-la por vários argumentos, de que ela era muito pequena para isso. Que quando fosse um pouco maior, eu permitiria, sem problemas.

 Para vocês entenderem, na escola dela há saídas de campo para cidades históricas, onde estudantes têm a oportunidade de conhecer lugares e vivenciar situações cotidianas e a própria viagem, sem a presença de sua família.

 Sim, há uma equipe da escola e da empresa que promove as viagens culturais, presente com os grupos o tempo todo.Pois bem, minha filha só foi porque o pai deixou!!! Se dependesse apenas de meu coração materno e protetor, lógico que ela não teria ido. No entanto, me senti impedindo-a de viver importante exercício de independência, caso negasse. E então chegou o dia...

Na verdade, teve todo o preparo para o grande dia... Desde a semana antes, quando tentava aliviar a ansiedade dela, doida por arrumar a mala, escolher o que levaria, inclusive a mala, eu ainda tentava convencê-la a desistir (sempre em vão, diga-se de passagem...). Por ela, para três dias, carregaria suprimentos para trinta (ou noventa...)

Lembrei de amigas blogueiras que viajam com bagagem enxuta e consegui reduzir o conteúdo para o suprimento de quatro ou cinco dias, considerando a idade da pessoa e as possíveis intercorrências às quais criança está suscetível... Difícil convencer uma menina vaidosa a repetir roupa. Difícil convencer menina vaidosa a compor looks práticos e adaptados... Mas foi, vencemos esta etapa.

Então, na véspera da viagem, fizemos nossa checagem final e fomos dormir cedo. Ela foi né... Quem disse que eu consegui? Precisávamos sair de casa ao redor de 05:40, para estar na escola às 06:00, pois o ônibus partiria às 06:30...

Dia 1: O ônibus saiu da escola às 07:15. Recebi a primeira ligação dela às 08:54, onde fizeram a primeira parada.
13:24 - recebi a segunda chamada, quando chegaram no hotel. Estavam organizando as bagagens e indo almoçar por ali mesmo.
19:05 - outra chamada: "mãe, estamos indo jantar, tá tudo bem tá! Te amo!
22:39 - Eu liguei! Falamos rápido pois ela estava já no quarto, exausta e se preparando para dormir... 

Comecei a ficar realmente tensa, por pensar como passaria a noite a minha pequena princesa? Como seria se, do nada ela tivesse um pesadelo, uma dor ou simplesmente um sobressalto e se assustasse? Azar o meu, contentasse em estar longe pois ela estava bem. Estava feliz e se preparando para mais um dia de sua aventura longe de casa. Depois de chorar talvez perto de uns dois litros de lágrimas, me acalmei e fui deitar. Costumo deixar meu telefone no silencioso durante a noite, mas neste dia, não fiz isso. Vai que minha filha ligasse, precisasse falar comigo? 

"avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu, assim sem você..." *
Dia 2
13:42 - Recebi a primeira ligação dela... Acreditem, coisa de um minuto antes da ligação, passei em frente à escola dela e coincidentemente, no rádio começou a tocar uma música que ela gosta e apresentou pra mim. Certo que me deu um aperto e nó no peito, mas disse a mim mesma: eu não vou chorar, e de fato, não chorei...Até atender o telefone. Sabe estas coisas de telepatia, transmissão de pensamento, conexão espiritual? Isso tudo e mais a simbiose mãe-filha.
Foi muito importante escutá-la, e poder mais uma vez dizer o quanto a amo e agradecer por ela pensar em mim...
20:26 - Filha ligou. Surgiu uma situação em que ficou muito desconfortável, desprotegida e necessitada de meu colo. Conversamos, acalmei ela e senti que ficou melhor.
22:42 - Liguei para ver como ela estava e desejar boa noite, fazendo já o link com o terceiro dia - quando então ela retornaria para a casa.

"tô louca pra te ver chegar, tô louca pra te ter nas mãos...Deitar no teu abraço, retomar o pedaço que falta no meu coração..."*
Dia 3
13:15 - Recebi chamada dela! Já tinham almoçado e estavam se preparando para a partida, que seria às 14:00h. 
14:10 - "mãe, estamos no ônibus!"

Então minha sexta-feira ganhou um gás! Fiquei animada, fazendo coisas com meu tempo de forma que em nenhum minuto sequer, parei de lembrar dela e veio como um filme, o misto de todos os sentimentos que experimentei nestes dias em que estivemos longe.

Fui lembrando de momentos felizes e ao mesmo tempo de nossas pequenas desavenças. Pensei nela por tudo o que ela gosta, fala, traz para minha vida. Me dei conta de que meu bebê-menina cresceu. Minha guriazinha queria ver o mundo pelos próprios olhinhos e lá estava. Afastada cerca de quatro horas de distância de mim e ao mesmo tempo tão perto e tão longe... Em alguns momentos pensei que meu peito fosse explodir de tanto que ele se espremeu em mim... Apertado, saudoso, sozinho e ao mesmo tempo satisfeito por estar resistindo bravamente sem me deixar ficar triste. Aliás, não havia espaço para tristeza, nem por questões físicas dentro de um peito comprimido de saudade, nem por razões evidentes de que ela estava de fato muito feliz...

Quando o ônibus chegou e logo em seguida avistei minha filha, fui invadida de todo o turbilhão de saudade que compactei em algum arquivo tipo zip. Então ela veio e pude abraçá-la, sentir o cheirinho dela, pegar no cabelo, colocar ela no meio do meu abraço mais apertado e terno que poderia dar. Choramos as duas, e confessamos uma à outra: estava morrendo de saudade!!!!

Houve mãe que me disse: agora nem é hora de lágrimas! É  para sorrir, e não chorar! Né, Ligia? Mas estas lágrimas eram o desaguar de alívio, do reencontro, da nossa união reintegrada novamente. E ali mesmo ela já vinha contando 23449898989898989 novidades, imagina que uma boquinha era pouca para tanta palavra!

Chegando em casa, preparei o prato predileto dela. Escutei ela dizer que não quer mais saber de viajar sem mim. Que não quer mais sentir tanta fome e saudade como sentiu neste passeio. Faz de conta que acreditei na parte do não querer mais viajar sozinha... E então, mais uma vez nos abraçamos e reforçamos para nós duas o quanto cada uma cresceu nestes dias. Como foi importante vivermos este episódio de vida e dele tirar as melhores aprendizagens. Contei pra ela que crescer dói...Que nós duas havíamos ficado doloridas porque crescemos e com isto, conquistamos amadurecimento, as duas.

Eu disse a ela que não vou impedi-la de sair de novo. Que venci a dor infindável do primeiro dia e me orgulhei de mim mesma, por querer superar algo o qual me parecia impossível. E cá estou, trazendo este relato para que vocês saibam que ao mesmo tempo em que mães são fortes e corajosas e tranquilas para verem sua prole voar sozinha, mães são choronas e não têm esta facilidade de desprendimento - mas superam, tá?! Eu serei sempre a chorona que desaba no primeiro dia, sofre, se ausenta do mundo, faz questão de virar mais enroscada que caracol para dentro de si e tudo isso aí que contei para vocês. Porém, nos dias que seguem, uso este sofrer todo para me fortalecer, me mostrar como sou capaz de respirar e ressurgir bem forte, bem firme e pronta para seguir esta nova eu construída. Com certeza já não sou a mesma que era até há três dias. E minha princesa, agora pode sair do castelo com a maior tranquilidade do planeta, pois sabe ser princesa e com certeza também não é a mesma que deixei entrar naquele ônibus, na quarta-feira passada.






 
 p.s: Meu coração agora está completinho mais uma vez...
* música de Claudinho & Buchecha

 
            

 

 

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