Hoje passei o dia todo elaborando escrever um post sobre viver e morrer. Queria ter o poder de, através de palavras e meu carinho, trazer paz e conforto para o coração das pessoas que por aqui ficam quando outras partem para o não mais voltar.
Pensei em várias coisas, dentre elas que eu sempre procuro me apegar às boas lembranças que vivi com aqueles que se vão, que se foram. Costumo pedir também para as pessoas com quem convivo, a quem me solidarizo, que cultivem as lindas recordações, às mais belas coisas felizes que puderem ser evocadas. Acredito nisso, porque penso que podemos fortalecer nossa saudade através das boas energias e não de uma tristeza que se uma vez abraçada, enraiza-se sem prazo de diluição.
E assim, este ano de 2013 vem levando amigos, familiares, familiares de amigos... E levou minha tia querida... Há poucos dias, em meu aniversário falamos pela última vez. Na noite de hoje, vim a saber que ela foi hospitalizada desde a manhã e estava aguardando resultados de exames. A notícia seguinte foi a da partida dela...
Esta tia é a irmã mais nova de meu pai. Leonina como eu, havia feito aniversário dia 29 de julho. Partiu no dia do aniversário da mãe dela, 18 de agosto... Agora juntas podem estar fazendo a festa lá no céu...Olhando por nós que por aqui ficamos...
Costumávamos falar por telefone algumas vezes... Em nossos aniversários era certo... Pessoalmente, nos encontramos há quase três anos atrás, no aniversário do meu pai e eu nem imaginava que meu pequeno caçula já estava em meu ventre. Fora isso, meu pai costumava dizer que ela sempre me incluía em suas orações e pensamentos positivos para a vida...
O que eu sei da minha tia é que era uma mulher que cultivava unhas grandes e sempre bem pintadas e com esmaltes coloridos, espalhafatosos - eu tenho bem a quem puxar... Era uma mulher de bom coração, cuidava do meu pai e assumia por vezes, cuidados quase que de uma mãe para ele. Ela não teve filhos, mas amava as sobrinhas e sobrinhos. Sempre enviava alguma lembrancinha de aniversário, Natal ou quando queria fazer um agradinho... Ela não era de estar sempre nas festas da criançada, mas no da minha princesa em 2007 ela estava.
Então, que minha avó Olga e minha tia Ione, juntas possam matar as saudades de todo este tempo e façam brilhar muito fortemente as luzes dos céus de agosto...Descansa, tia! Ficaremos por aqui com saudades, sentindo falta de tuas brincadeiras e parceria. Mas também tranquilos porque saberemos que tu e a vó estarão aí, colando estrelinhas nas unhas e cuidando para que o sol se mantenha sempre forte, para iluminar a gente por aqui...
Fica em paz!
Como nos acostumar com isso?
ResponderExcluirApenas o tempo vai nos conformando e diminuindo a dor.
Que brilhe no céu ..... eternamente.
Beijos.
a inevitável dor da partida...Acho que a gente acaba se acomodando e acostumando com a saudade, mas nunca com a ausência...Obrigada pelo carinho, Jô! :(
ExcluirParecia tão nova na foto! Acho triste demais quando morre gente jovem. Até sexta, beijoooo
ResponderExcluirFer, ela estava com 76...Mas nunca aparentou a idade que tinha. Era muito cabeça arejada...Pena que partiu cedo demais pra gente...Bjks e muito obrigada pelo carinho de sempre! :(
Excluir