O fato de ter vivido esta experiência duas vezes antes, não simplifica esta terceira. Cada criança é um momento da gente, uma mãe diferente e ao mesmo tempo, a mesma mãe de sempre...
Da primeira vez havia a novidade, na segunda a expectativa e na terceira inevitavelmente a comparação/curiosidade. O primogênito e a filha ingressaram com dois anos quase três. O caçula também irá com esta idade. Eu considero um momento interessante no sentido de que a fala já cresceu bastante, estão sem ou quase sem as fraldas e conseguem ser um pouquinho menos bebês.
Pedro Bernardo nunca conheceu uma mamadeira, largou a chupeta com um ano e dez meses, usa fraldas ainda mas já está demonstrando desconforto com elas e quando tem fome pede comida, aliás, é bem comilãozinho... A interação dele com o irmão e a irmã é constante. Assim como está bem, em instantes já brigam e desfilam palavrões dentro dos diálogos nem tão amigáveis assim. O irmão, com sua vasta experiência do alto de seus onze anos engorda um vocabulário nada saudável do caçula. A irmã, com muito carinho o tempo todo atenua os ânimos e acolhe as manhas do irmãozinho...
Mas é chegada a hora de sair do casulo, hora de socializar com o pessoal da mesma idade e de novas relações, novos aprendizados. E eu como mãe grudada e apaixonada pela prole, venho tentando romper as linhas para poder soltar as asinhas do meu passarinho... Estou me treinando desde julho, saindo mais, aprendendo a fazer coisas por mim e acreditar que meu pequeno fica bem com minha fiel escudeira - nossa Lu. No início vem aquela sensação de que se está fazendo algo errado, vocês não têm noção de como meu coração se culpava pelas cerca de quatro horas em que eu me afastava e ele ficava em casa, aos poucos isso foi diminuindo. Duas vezes por semana, durante quatro semanas...
Pois bem, na segunda-feira dia 21, ele teve a oportunidade de fazer uma Vivência Pedagógica na escola onde estudará. É um espaço que já conhece através das inúmeras idas da dupla maior. Eu quis esta instituição porque tem, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Não gosto da ideia de ter que ficar mudando de escola, a exceção de uma necessidade ou algum problema. Fora isso considero a construção da história educacional como um porto seguro para o processo de aprendizagem se desenvolver de forma tranquila. Enfim, me agrada a possibilidade de se fazer história em um lugar onde está registrada cada etapa do próprio processo de escolarização.
Assim, ao chegar lá na manhã do dia 21, tudo já era diferente. Pedro Bernardo dorme até tarde nas manhãs, e isso eram 08:00! Ele tomou banho, bebericou um pouco de leite e estava meio sonolento, meio sem conexão, dormindo acordado. Inicialmente ele só queria brincar em uma área (Casa Sustentável) onde já fez o percurso várias vezes brincando com a irmã, o irmão ou explorando sozinho(comigo de sombra). Mas não foi possível percorrer o quintal porque estava acontecendo uma aula e falei que não poderíamos atrapalhar a turma...
março de 2013 |
Havia uma professora de música tocando violão e incluindo o nome de cada criança em suas cantigas, uma doçura só! Nem assim, ele se sentiu mais solto... Então acompanhamos o grupo até a sala de aula e ao respectivo quintal onde as crianças desta turma costumam brincar.
Pedro aos poucos foi conversando com a equipe de professoras, estagiárias e babás. Em seguida estava longe de mim e do pai, mas voltava rapidinho para certificar que estávamos por ali.
Vimos nosso bebê ficar lá atrás no tempo: temos um menininho crescido! Ele abraçou amigos, interagiu com as pessoas, conheceu brincadeiras e teve a liberdade de explorar um novo espaço, com novos estímulos. Isso que foi apenas a primeira vez, já ficamos satisfeitos com o que vimos.
Pedro Bernardo está pronto para ir para a escola, quem tem que se preparar para dosar o apego é a Mamytri mesmo!
Ai, que bonitinho, parabéns pro Pedro Bernardo, esse pequeno pássaro que alçou seu primeiro vôo!
ResponderExcluirVai dar tudo certo, ele tem carinha de menino centrado e amigável. Boa sorte!
um abraço carioca
Obrigada, Beth! Foi o primeiro contato com o ambiente na perspectiva de aluno...Espero também que ele seja daqueles que dão tchauzinho e quem fica em pedaços é a mamy...Rsrsrsrs. Beijocas e abração carioca tb!;)
ResponderExcluirÉ tão difícil esse momento, né? Digo pra nós, pois pra eles, salvo poucas exceções, o mundo novo cheio de emoções novas é só o começo de uma estrada feliz... Cabe a nós ficarmos tranquilas para que eles saibam que estão em boas mãos.
ResponderExcluirBeijinhos e Boa sorte!
Thaty
http://deliriosdathaty.blogspot.com/