quarta-feira, 30 de julho de 2014

Um pet pra que te quero?

Hoje decidi falar sobre amiguinhos de estimação...
Eu só fui poder "ter" de verdade depois de adulta e na minha casa.... Quando criança, uma vez peguei duas gatas de rua para cuidar. A primeira delas foi a Cinderela, era filhote e bem pretinha como carvão. Mas minha mãe deu um sumiço nela, porque a pobrezinha estava cheia de vermes e perdendo pelagem... Foi muito triste, mas superei.

Depois da Cinderela, peguei a Lazinha. Uma bichinha toda misturada entre as cores branca, cinza e um tom mel light, coisa mais linda! Esta eu pude vacinar, cuidar um pouco mais porque tinha uma clínica veterinária bem em frente ao meu prédio. Assim, os médicos só cobravam medicamentos e eventuais materiais. Mas novamente tive que me ver longe dela. Queríamos viajar nas férias e há trinta anos atrás, serviços de hospedagem não faziam parte do orçamento/possibilidades da família. Deixamos ela em uma casa que "julgamos", pudesse vir a cuidar bem dela. Não me perguntem como ficou meu coração despedaçado ao ter que fazer isso com minha Lalá...

Assim, em 1998 noivo e eu decidimos ter um bichinho de estimação. Ele amava (e já havia tido)cão. Eu não tinha a menor paixão por cachorro...até conhecer um Lhasa Apso muito especial, o Astro, da minha amiga Letícia.

Então pude experimentar um novo tipo de amor. Um sentimento entusiasmado, cúmplice, sensível, brincalhão e entendedor através do meu batimento cardíaco. Cães, são assim... Mesmo que a gente não esteja a fim de muito chamego, eles procuram simplesmente um jeitinho de se aconchegar entre nossos humores e lá ficarem, até a gente convocar pro afago.

Eu acredito que a relação das pessoas com os pets que escolhem para ter em casa seja esta, permeada de afeição e um desejo de cumplicidade - saber ser entendido e amado, mesmo no silêncio. E bicho traz isso de bom! Impressiona a capacidade que cães e gatos têm em se comunicar sem a menor possibilidade de usar a palavra para isso. Quem vive ou viveu com um pet pode avaliar isso e sempre trazer um exemplo de como estes pequenos seres são capazes de interagir e se fazerem entender também.

Em minha experiência com o meu filho canino mais velho, o Freddy (08/05/1998 - 28/05/2014) vivi momentos de entrega total a parceria com ele. Cachorros verdadeiramente não ligam se tua roupa está bonita, se tu estás de pijama, ou se acordou com mau hálito e cara borrada do make da noite anterior... Basta falar com ele ou dizer um "olá" de longe, que o bicho já enlouquece... E quando alguém se aproximava da minha porta de casa? Ah, seu Freddy sabia direitinho quem era habitual e quem era estranho ao corredor externo do apartamento. Fora as vezes que escutava não sei nem como minha chegada de carro lá na frente do prédio e já avisava a quem estava com ele em casa, me aguardando. Algo talvez assim: " ela chegou!!!!".

Dentro desta experiência também tive a Meggy (21/03/2001 - 25/05/2014). Esta peludinha era muito especial também. Ela foi capaz de detectar minhas duas gestações masculinas antes mesmo de eu vir a confirmar o sexo dos guris. Fora isso, alertou de mais duas amigas minha também. Vá explicar como que são capazes de tanto faro? Testosterona além, muito além das percepções ou diagnósticos humanos... Ela era uma graça, sempre minha pantufa companheira quando eu sentava para tomar meu café-da-manhã. Era momento em que ela aproveitava para ficar diante do armário aonde guardo a ração e murmurar suaves au-aus para que eu não esquecesse de alimentá-la também... A danadinha só tinha um defeito: coprofagia...Sim, literalmente comia cocô. Chegamos a dedicar algumas horas em estudos para tentar resolver este problema, conseguimos alguns ganhos e algumas melhoras mas nada definitivo e nem por isso deixamos de amar ou querer bem nossa Memé...

Bem, como em casa de quem ama pet não se sabe viver sem pet, agora temos a Fridda. Mais uma peludinha Lhasa Apso. Com certeza terei ainda muitas histórias dela para contar, a primeira é que ela é uma coisa muito mimosinha que já cheirou cada cantinho deste apê identificando as lembranças dos irmãos caninos que viveram aqui antes dela... Outra é que ela é uma bichinha muito alegre, feliz e mimosinha. Ela traz uma energia muito forte para nós todos aqui em casa. Já se foram dois meses da partida do meu casal Lhasa, e confesso, o primeiro mês foi dolorido demais. No segundo, a Fridda tomou conta dos nossos corações e no lugar de lágrimas, preencheu com mordidinhas e latidos de baby que é...

Se conselho fosse bom a gente vendia eu sei, mas digo para quem perguntar: tenha um pet em sua vida. Ainda que viva em espaço pequeno, ainda que more sozinho, ainda que não tenha jeito com animais: arrisque, permita-se! Um pet transforma a gente, nos faz pessoas melhores, nos aproxima de novos amigos humanos, nos propicia novas experiências de vida e mais: não exige nada em troca além do nosso simples fato de estar por perto, sentir nosso cheiro, ganhar um pequeno afago no pêlo...




quinta-feira, 17 de julho de 2014

Uma história com um pé no passado e o coração no futuro (ou vice-versa)...

Tenho minha história escolar traçada na rede pública de ensino, desde a Educação Infantil até a graduação universitária. Após a conclusão do curso de Pedagogia, foi então que estudei em instituição particular.

No meu tempo, a rede pública era de boa qualidade. Tínhamos excelentes professores em sala de aula e tínhamos aula! O grupo de alunos era oriundo, na quase maioria, de classe média. Moradores das adjacências das escolas. Poucos eram aqueles que se deslocavam de longe para estudar nas escolas onde estudei. 

E nessas histórias de vida escolar tenho muita coisa para contar...Desde o guri que conheci na terceira série do Ensino Fundamental - e que virou meu marido - até amigas e colegas os quais sempre guardei com muito carinho, quando cada um de nós seguiu seus caminhos pela vida estudantil, profissional.

Eu adoro redes sociais, faço parte de algumas boas...Foi então que nos idos de 2004, no Orkut, busquei por alguns nomes de colegas e pessoas com as quais havia perdido o contato. E assim iniciou o processo de reaproximação...

Aos poucos, ia reencontrando uma ou outra amiga. E cada uma trazia outra e outra para os próximos contatos. Então, nas minhas idas à Porto Alegre ou na vinda de alguma ao Rio, podíamos matar as saudades.

2014 trouxe novidades! Um dia, um colega me chamou no Facebook e perguntou sobre outros amigos que haviam estudado com a gente lá por 1980 e muitos ou antes. Pronto! dei disparada para a formação de um grupo só com pessoas nascidas a nosso tempo: entre 1971 e 1973. Gente que estudou na mesma escola desde o Jardim de Infância até o final do Ensino Fundamental, pelo menos. 

E o povo foi aparecendo! Foram trazendo seus contatos também, relembrando momentos, revivendo lembranças e dando vazão a emoções que estavam guardadinhas há mais de trinta anos... Houve um período em que o grupo efervesceu de tantas fotos, comentários, histórias, nomes e fatos. Havia muito elemento para aquecer nossas semanas seguintes e ao mesmo tempo, reviver coisas que pareciam tão distantes de nós...

Bem, precisávamos de um encontro real. De virtual já tínhamos reunido muitas informações. Agora a coisa teria de ser ao vivo e em muita cor!!! Como não moramos em Porto Alegre, e vários do grupo também não, precisávamos de uma data interessante para poder gerar este reencontro.

Assim, em 21 de junho de 2014, conseguimos nosso grande dia. Não foi possível reunir todo mundo, mas quem foi sabe que valeu muito a pena.

Quem assinou a lista de presença:
- Beatriz, Cristina, Fabiana G., Graziela, Kathleen, Patricia K., Tatiana, Thais.
- Fábio Ricardo, Marcelo B., Marcelo V., Márcio I., Rogério T.

Foi muito mágico poder rever o rosto de cada um, aqueles dos quais lembrávamos muito claramente da fisionomia de criança e ao mesmo tempo, estarem ali diante uns dos outros, adultos!













E assim foi nossa noite mágica, reencontrando, revivendo, atualizando, curtindo, rindo, se emocionando... Quem foi, pode viajar no tempo e visitar o passado, as memórias, pessoas queridas. A oportunidade que ganhamos de estarmos ali, reunidos a um tempo único, precioso e inesquecível só pode talvez ser descrita com nosso coração. Saímos do reencontro com a alma leve e ao mesmo tempo repleta de carinho, afeição e sentimentos só possíveis para quem se dispõe a deixar as partes do passado que realmente valem a pena, voltarem a fazer parte da história da gente no futuro!

Quero outros, quero mais e dia 21/6 foi uma noite incrível com/para cada um de nós, conosco!

sábado, 12 de julho de 2014

Escrevendo mais um capítulo, alimentando meu currículo da maternagem!

Antes que vocês perguntem ou pensem, respondo: não estou grávida! Embora agora Hexamãe... Calma, vou contar tudo!
Quem acompanha minha trajetória por aqui, ou pelo Face, sabe que há cerca de quarenta dias atrás perdi meus dois amores caninos com o intervalo de três dias entre a partida de um e outro. Chorei, choro, sofri, sofro ainda. É recente o fato, e creio que ainda vá demorar para que eu possa me acostumar com a ausência deles, principalmente quando chego da rua: momento que era marcado por latidos e pulos de felicidade - embora nos últimos tempos era mais a Meggy quem latia quase "bufando", sem maiores histerias. Mas era assim que eu havia acostumado com eles, ao longo dos dezesseis anos em que convivemos juntos.

Ok, não vou falar da falta que eles fazem pra mim, mas de uma novidade por aqui! Tão logo eles se foram, eu pensei que não ia voltar a querer pets. Já imaginava apenas a dor da morte e não meus sorrisos e prazeres pela vida com eles. Foi ótimo que mudei de ideia, e decidi que minha vida precisa de bichinhos de estimação. Meu trio humano também sentiu falta de nossos peludinhos.

Então comecei a procurar por filhotes de Lhasa Apso aqui pelo RJ. Não tinha referências, não conhecia criadores, não sabia de muita informação sobre o assunto este por aqui. Até que a internet veio a me ajudar... Foi então que decidi pelo canil de uma pessoa que me inspirou toda a segurança que eu desejava para adquirir um novo bebê Lhasa.

Confesso que inicialmente fiquei tentada a adotar um bichinho abandonado. Mas (in)felizmente, meu coração bate fortemente pelos peludinhos Lhasas... Eu amo cuidar da pelagem, sou fascinada pelas características de comportamento deles, por eles e tudo o que são. E de certa forma, seguir com um Lhasa por perto, diz ao meu coração que estarei sempre conectada com minha duplinha inicial. 

E assim, ao final do mês de maio, tomei a decisão e reservei minha nova filha Lhasa. Ela nasceu dia 10/05. Só estaria disponível para entrega quando completasse dois meses. Para mim estaria ótimo, pois estava saindo de viagem com a família e só retornaria ao final do mês de junho. E para conter a ansiedade da gurizada?




Conseguimos ir aos pouquinhos serenando as expectativas... Alimentamos sonhos, fortalecemos nossa imaginação quanto aos planos que queríamos realizar com nossa menininha canina. E tão logo chegamos de viagem, começamos a preparar o território para a vinda da nossa peludinha. Compramos cama, cercado, brinquedos e produtos para higiene e cuidados. A filha humana estava simplesmente enlouquecida para comprar vestidos e botinhas para a irmã-dog. Vestidinhos eu deixei, mas botinhas consegui deixar para mais tarde, sob demanda..

Finalmente chegou o grande dia! Poderíamos trazer nossa bichinha para casa! Porque até então, a criadora acalmava a minha ansiedade enviando fotos da pequenina. Para que pudéssemos acompanhar o crescimento dela até podermos acompanhar ao vivo, com a gente.


Assim, nasceu para nós a nossa Fridda! Fridda lembra Freddy...Fridda nasceu quase junto com o dia do irmão Lhasa que ela não conheceu, ele era dia 08 de maio... Fridda é guria, para ser mimosa como nos era a Meggy. 

Quem tem a oportunidade de viver a vida de um Lhasa com ele ao lado, não consegue pensar em ter outra raça...Até pode vir a ter outras raças, mas sempre terá a comparação com um cão de temperamento suficientemente equilibrado: independente, amoroso, inteligente, brincalhão, fofo, personalidade forte, amigo, sensível, LHASA APSO!

O canil de onde veio nossa pequenina é o Christal Kramer, da criadora Ana Kramer. Lugar que ao conhecer, já fui encantada pelas melhores impressões em tudo o que diz respeito à limpeza, saúde dos animais, profissionalismo e compromisso com a criação. Por estas razões, recomendo e indico ela aqui no Rio para quem quiser povoar sua vida com um belíssimo e maravilhosamente saudável exemplar da raça Lhasa.

A nossa Fridda é um encanto! O cheirinho dela encheu nossa sexta-feira de alegria, oxigênio de vida e felicidade. Ela amou o trio humano e sentiu que aqui será a nossa mimosa muto da mimada! E daqui para diante terei vários capítulos para imprimir com meu amor e este sentimento que meu marido me define: "tu nasceu com a necessidade de estar sempre cuidando de algum filhote, filhos, alguém". Concordo, ser mãe é mais forte do que eu... 




E minha filha de número três canina, seis no total, é a princesa de uma família que há pouco trazia lágrimas de saudades nos olhos, mas de hoje em diante faz e fará nossos olhos brilharem pelo renascimento, por  um novo começo. Viva Fridda!!!

terça-feira, 8 de julho de 2014

Férias: novidades, viagens e crianças felizes!

Este ano de 2014 teve as férias de inverno atípicas, em virtude da Copa do Mundo. Costumeiramente, o período em que a escola das crianças para é o de julho - da segunda quinzena até o início de agosto. Desta vez, tiveram aula até o dia treze de junho, pararam até o dia 06 de julho, quando dia sete retornaram.

Não costumamos viajar nas férias de inverno, fizemos isso poucas vezes. É difícil conciliar agendo do pai com a das crianças. Mas este ano foi diferente, tínhamos uma motivação mais do que especial para irmos para o Rio Grande do Sul em junho... A bisavó das crianças estaria de aniversário, completando noventa anos, isso mesmo, quase um século de fofura! E como não irmos? 

Planejamos nossa ida desde o mês de fevereiro. Estivemos atentos às promoções de passagens aéreas, hospedagem e tudo o mais que precisaríamos para podermos estar lá nesta data mais do que querida.

Assim, chegou o grande dia! Saímos do Rio de Janeiro no dia treze de junho. Um calor de mais de trinta graus, e nós partindo para terra fria - onde nem aos vinte o termômetro chegava... Nossa agenda já estava repleta de compromissos, iniciando pela chegada em Porto Alegre, passando por Alegrete (local da festa), Rivera (Uruguay) e então novamente a capital gaúcha.

A festa foi sábado, dia quatorze. Foi uma oportunidade única de revermos pessoas as quais não víamos há muitos anos e no caso da gurizada, conhecerem outros ramos da família por parte do pai deles.

No domingo, houve mais uma festa. Desta vez foi no prédio da Bisa. Lá então, só a família mais íntima: filhas, netos/netas. bisnetos/bisnetas da aniversariante da véspera. Conseguimos contribuir para que fosse feita a foto da Bisa com seus nove bisnetos! E a criançada aqui de casa pode conhecer primos e primas e verem que fazem parte de um grupo de muitas pessoas especiais, parte de suas origens e tudo o que este sentimento de pertencimento a um grupo representa.

Até para fazer a foto da criançada era uma farra, há imagens onde sempre está faltando uma criança ou outra. Eu não consegui a foto dos nove...Mas conseguiram registrar com algum celular...

Ainda por lá, o domingo na casa da Bisa foi repleto de alegrias e brincadeiras...
















Na segunda-feira, fomos conhecer a fazenda. Lá no sul, a região rural é referida como "lá fora", e já foi então mais um aprendizado para a criançada aqui de casa... Explicar que lá fora, não se refere ao exterior do Brasil, como aqui no Rio se costuma expressar, mas sim, fora da cidade, da abrangência urbana, por assim dizer.

O dia estava nublado e feio, não estava chovendo, mas estava longe de apresentar um céu bonito. O frio estava ameno, mas estava úmido e como havia chovido, o chão estava molhado e cheio de barro...





Conhecer de perto uma ovelha, aliás, várias, foi fascinante para a turminha e para mim. Sempre fui apaixonada por elas, mas nunca havia estado tão próxima de coisinhas tão fofinhas quanto estas... A criançada ouviu que elas não fazem "méé", e sim "bááá"...



O Homem-Aranha também teve sua oportunidade de explorar solo gaúcho...


Dois rapazinhos contemporâneos e de mundos tão diferentes...Enquanto um chora porque quebrou seu carrinho, o outro corre e abre portão da casa para as visitas passarem...Sim, ambos nascidos em 2011... Um em junho e o outro em julho.


O assunto com a ovelha estava tão informal, que até selfie foi oferecido para a rainha da lã...


E a coragem para o passeio a cavalo esteve presente apenas em três de nós...No caçula, na filha e no Papytri.



E assim, ao final da tarde retornamos à cidade de Alegrete. O fascínio das crianças era percebido em cada palavra, em cada lembrança, em cada olhar. Estavam exaustos pela aventura, mas felizes com a riqueza de todas as descobertas trazidas dentro do coração. 

Se o céu não estava lá nem azul, com certeza um sol forte brilhou dentro de cada uma das crianças deste meu trio amado. E queremos repetir a dose, em outra oportunidade menos fria, menos chuvosa e com mais sol deste que brilha no céu, iluminando esta imensidão de espaço e terras!










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