Nem tem 20 dias que a criançada está de férias e já estão entediados com as atividades que vêm fazendo... Dia desses, o mais velho reclamou que estava indo pela quarta vez à praia. A pequena adora praia, piscina mas não é nenhum pouco adepta da ideia de ficar em casa. O número três, este é parceiro para o que der e vier, desde que acompanhado de mami!
Então, tentando adaptar o que eu posso fazer com o trio e o que eles se propõem, venho intercalando saídas para lugares aquáticos e para lugares indoor - o calor na rua é impraticável para uma boa passeada nos parques e bosques de que dispomos por aqui.
Bem, mas as férias são deles! Sim porque as minhas, sinceramente não acredito na realização concreta delas. Vou me explicar...Quando e em que situação mãe consegue desvincular-se mentalmente dos filhos? A gente até tenta, sai com o marido, distrai com as amigas, vai na manicure, dá algumas voltinhas, mas desligar? Jamais!
Estas férias nem precisavam ser muito longas, mas bem que poderia ter na carteira de trabalho materno uma cláusula em letras médias: mamãe, você estará offline por 24h a escolher a forma como deseja usufruir. Pode ser à vista ou parcelado, você decide!
Imaginem algumas horas de desligamento mental, preocupacional, maternal! Conseguir conversar com as amigas sem lembrar de referir que o fulaninho ou a fulaninha também passaram por situação semelhante enquanto eram bebês, etc. Ou ainda que fulana agora está vivendo na pele o que criticava nos diferentes contextos da maternagem. Coisa boa!
Mas não tem como! Isso não acontece nem aqui nem na China!(talvez lá quase aconteça pois a sábia filosofia chinesa há de ter inventado o antídoto para a rotina mental das mães). Que levante a mão, a mãe que consegue entrar em um supermercado, farmácia, avião, ônibus, cabeleireiro, consulta médica, em uma festa, qualquer lugar que seja, sem evocar na lembrança algo de sua prole! A gente sempre ou pensa neles, ou pensa em como estão, ou ainda se gostariam de um sabor de morango ou menta no iogurte ou creme dental.
