domingo, 8 de maio de 2016

Essa coisa chamada maternidade

Coisa interessante isso... Lá se vão catorze anos de maternidade humana(e mais uns dezessete de canina...). Não pari meu canino e caninas, mas em momento algum nego o sentimento que eles fizeram brotar em mim, desde o dia em que batemos olho a olho...

O início de uma vida de cuidados se faz presente, desde o dia em que decidimos cuidar de outra vida. Estar presente a cada solicitação, silenciosa, latida ou chorosa... Mãe de bicho não vive no ventre a presença de outra vida, mas traz residentes definitivos para dentro de seu coração...

Com meus peludinhos, aprendi e aprendo muita coisa. Desde as simples como atentar para o latido diferente, quanto mais complexas como tentar entender como eles me entendem e também acolhem meus sentimentos mais silenciosos. Bicho ensina a gente a ser bicho, e não a gente a ser gente... A gente aprende a interpretar o instinto, a lidar com nosso pensar irracional e a conhecer o universo sem palavras, apenas de sentidos.

Com meus humaninhos, aprendi a ser gente. Gente-mulher, gente-leoa, gente-criança, gente-mãe. Todo dia uma novidade, todo dia um começo, todo dia um desafio, todo dia novos eles e ela e todo dia uma nova eu. 

Antes de ser mãe, imaginava a maternidade um universo paralelo e curioso. Recriava minha maternidade imaginária através da fantasia do que eu pensava ser fascinante. Pena que eu não sequer cogitava que seria tudo aquilo e muito mais intenso, muito mais rico, muito mais poderoso do que qualquer hipótese fantasiosa. Porque quando criança, pensava em ser mãe para amamentar , levar boneca no pediatra, dirigir levando a boneca para passear e passar batom na boca para buscar boneca na escola. É...Parece que minha realidade materna foi prevista nestes quesitos. Fiz e faço tudo isso. Faria tudo de novo!

Meus filhos e filha, estxs que saíram do meu ventre, são responsáveis pela mãe que nasci. São a força que tenho para em todos os dias querer viver tudo que possa nos trazer aprendizado e sonho.

Há dias em que parece que o céu desaba sobre a minha cabeça, que o chão some dos meus pés ou que simplesmente penso: este dia bem poderia ter quinze segundos de existência... Mas lá resisto e sigo, tomada de coragem e força para seguir a trajetória... Poder estar ao lado de cada um e delas, sempre que precisarem de mim.

Ser mãe sempre esteve em meus planos, meus sonhos, em mim. Sempre foi desejo do meu corpo, desejo da minha alma e certamente a maternidade é meu órgão vital externo tão poderoso quanto os meus mais internos. 

Sei bem que as crias crescem, trilham seus caminhos, buscam novos horizontes. Sei bem que a cada dia tornam-se donos de si mesmos e almejam seus próprios vôos... Mas sei que estou presente junto a cada um deles e delas, às vezes furiosa e brigando, outras amável e afofando e em algumas, quieta e atenta: mas sempre junto.

Costumo dizer que três filhos trazem diversidade para dentro de uma vida... Um dia tem um adolescente aprendendo a lidar com hormônios, no mesmo dia tem gente fazendo conquistas e com tudo isso tem também seres que acham um grande barato o desenho que passa na tevê, onde o cara principal protagoniza os episódios com suas atitudes mais do que surreais, mas enfim.

De tudo isso, ser mãe é o que me move. Por mais que eu viva minha vida, assuma minha identidade feminina, individual, tenho a certeza de que minha individualidade só se completa porque tem minhas crias... Tenho certeza de que sem cada um destes que me fizeram mãe, eu verdadeiramente nada seria.

Só posso agradecer ao universo por me dar a chance de ser mãe destas belezas que vieram para minha vida! Agradeço a cada dia por aprender que amar e cuidar, fazem parte do que eu quero para mim mesma: por toda a minha vida e além dela...

Que as pessoas que assim como eu, encontram na maternidade suas luzes e forças, vivam seus dias de mães todos os dias! Que todos os dias de todas as mães seja sempre uma oportunidade de aprender, de crescer, de viver e de alguma forma, trazer esperança por novos desafios e novas emoções calorosas aos nossos corações... 

mamytri 2002






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