O post anterior eu terminei de escrever exatamente às 03:10 da madrugada deste dia 27 de janeiro de 2013. O assunto tratava justamente de morte, de uma triste fatalidade que acontecera com a gravidez de uma amiga querida. Não teria em nada a ver com a tragédia da boate de Santa Maria, RS, se não estivesse relacionado em essência do que eu abordei...
Estas coisas devem ter uma razão de ser... Eu nasci neste mundo com muita vontade de fazer o que eu pudesse para que as pessoas conseguissem viver em paz, sem conflitos familiares, sem anular suas próprias vontades, anseios e jeitos de viver para agradar os demais. Com isso, tenho me envolvido mais com diferentes situações de pessoas que estão atravessando passagens difíceis em suas vidas.
Não tenho a menor pretensão de nada quando ajudo espontaneamente, de coração, com carinho e escuta. Ajudo, falo, manifesto meu cuidado porque acredito que isto faz a diferença quando nos sentimos sozinhos mesmo diante de uma multidão.
Na tragédia deste domingo, eu passei um dia inteiro meio fora da órbita. Eu fiquei imaginando quantas mães e quantos pais perderam seus filhos e filhas... Gente jovem, fazendo festa, comemorando, paquerando, descansando de uma semana atribulada, jurando ter encontrado o amor de sua vida, planejando a semana seguinte, organizando a vida pros próximos cinquenta anos...Tantos sonhos ali asfixiados juntos com tanta vida junto...
Nos dias de hoje eu não mais ocupo o lugar da garota que vai festear e volta para casa cheia de histórias para fofocar com as amigas. Eu mudei de configuração e agora sou a mãe que está preparando crianças para seguirem sua juventude em paz, de preferência felizes e claro: para seus futuros... Então, diante dos fatos, algo dentro de mim arde e fica miudinho e muito apertadinho, pensando na dor das famílias de quem partiu...
